John Neschling, o maestro, cede uma longa entrevista a João Luiz Sampaio (Caderno 2, 9/12/2008). Neschling, responsável pelo renascimento da Osesp, não terá contrato renovado em 2010. Diz ter sido fritado. Diz preferir sair para não ser saído. Não nega o gênio forte (diz ser necessário para criar uma orquestra), as diatribes contra Serra (no You Tube), as desavenças internas. Diz ser o responsável pela Osesp. Negativo: ele conseguiu comandar seu renascimento; o mandato não é dele. Diz saber como conduzir a passagem de bastão. Negativo: ele não buscou passar o bastão.
Neschling é fruto de autofrituras, ele próprio fritou a si mesmo e não sabe. Pode ser que tenha razão quanto a conhecimento do assunto, mas o bom político deve colocar-se abaixo de seus resultados, especialmente se estes são exemplares. No fundo, Neschling é um funcionário público sem carteirinha e deveria fazer jus a isso, limitando suas opiniões.
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