O Globo, em 13/12/2008, descobre diferenças substanciais entre o que foi dito e escrito na 43a sessão do CSN, essa infeliz que deu no AI-5, e que atrasou tanto o retorno da democracia.
Contrário ao artigo de Chico de Góis e Luiza Damé, considero que o maior escândalo está na deturpação daquilo que o próprio Costa e Silva expressava: que o governo "revolucionário" era presumidamente constitucional (o escrito diz decididamente). É escandaloso, pois a posição dita realça que Costa e Silva sabia muito bem o que acontecia: o AI-5 levaria a uma ditadura, após um intermezzo de regime supostamente apoiado pelo consenso da sociedade. Comparativamente, a troca de "vida" por "ordem" no texto de Pedro Aleixo é irrelevante, assim como a supressão de "às favas", de Jarbas Passarinho", por "ignoro". Fica-se contudo a dúvida quanto ao discurso de Ivo Arzua Pereira: troca-se um discurso frouxo pontilhado por um elenco de críticas às constituições pregressas por um artigo acadêmico. Ele deve ter solicitado esse tipo de coisa, claro. Para manter a imagem. No fim das contas, vale que Costa e Silva não era o bicho papão que muitos pintaram depois: ele sabia no que estava se metendo.
Contrário ao artigo de Chico de Góis e Luiza Damé, considero que o maior escândalo está na deturpação daquilo que o próprio Costa e Silva expressava: que o governo "revolucionário" era presumidamente constitucional (o escrito diz decididamente). É escandaloso, pois a posição dita realça que Costa e Silva sabia muito bem o que acontecia: o AI-5 levaria a uma ditadura, após um intermezzo de regime supostamente apoiado pelo consenso da sociedade. Comparativamente, a troca de "vida" por "ordem" no texto de Pedro Aleixo é irrelevante, assim como a supressão de "às favas", de Jarbas Passarinho", por "ignoro". Fica-se contudo a dúvida quanto ao discurso de Ivo Arzua Pereira: troca-se um discurso frouxo pontilhado por um elenco de críticas às constituições pregressas por um artigo acadêmico. Ele deve ter solicitado esse tipo de coisa, claro. Para manter a imagem. No fim das contas, vale que Costa e Silva não era o bicho papão que muitos pintaram depois: ele sabia no que estava se metendo.
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