Dora Kramer se pergunta por que os políticos da Câmara dos Deputados manifestam tão pouco interesse em apoiar encontros como o da frente parlamentar anticorrupção. Transcrevo: "Duas hipóteses. A teia de compromissos partidários que os impede de contrariar interesses é a mais evidente. Quanto mais comprometido com partido que, por sua vez, tenha satisfações outras a prestar - seja no setor público ou privado -, menos o parlamentar se sente estimulado a remar contra a maré. O castigo pode ser o ostracismo. A outra hipótese guarda relação com as preferências do público. A despeito da indignação ética que permeia o ambiente, na hora do vamos ver o eleitorado não dá muita bola para essas questões". Ou seja: "O político, um vivente de sufrágios, coteja os dados, interpreta o clima e conclui que essa batalha não dá voto".
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