Pelos meios tradicionais

De uma idade para cá, quis participar de política. Até imaginei algo que alcançasse a Câmara. Bobagem.
Mas entrei na política de um condomínio. Fiz parte de conselho, entrei em guerra contra uma administradora, vi a mesma ir embora escafedida, convenci amigo velhinho a ser síndico (aos prantos, olha só), fiz parte de conselho, fui síndico por 2 anos e reeleito, mas saí por motivos de saúde - sério. Parei com isso.
Até ter me separado e participado de assembléia em outro condomínio, e me candidatar a conselheiro, sendo eleito. Guio de alguma forma a síndica eleita, e contribuo como posso. Sempre no sentido de ajudar a tornar a política algo realmente sério. Não achem que isso não é política. Minha opinião é que o primeiro passo de um político é mesmo em condomínio ou algo similar. Pois é eleito e tem atribuições bem específicas, delimitadas, esquadrinhadas.
A síndica sofre bastante. É uma pessoa boa e se deixa afetar por injustiças. Digo a ela para ter calma, para assumir o seu lugar e não ter vergonha de aplicar o poder, sendo para isso respaldada.
Política para mim é isso. Não gosto dessa ideia de a política surgir de manifestações. Tendo a ter medo da turba. A entrar na pele de um Gabriel Tarde. Mas entendo também que a política, quando não surge pelos meios tradicionais, impõe-se pela força da massa. Nesse sentido é bom cair na real. O que está de fora cedo ou tarde ocupa seu lugar de dentro.

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