fome de manchetes

trabalho numa revista técnica.
por isso, dificilmente algo que sai nos jornais ou mesmo nos sites mais conhecidos pode ser usado como matéria ou mesmo pauta. daí que não tenho o menor incentivo - tirando o fato óbvio de que sou jornalista, afinal, karaio - para ler jornais ou coisa que o valha. tirando um pouco os cadernos de negócios, claro.
por isso, costumo "folhear" os sites tipo uol, estadao, terra, folha, etc. bem de leve. leio as manchetes e quase sempre só eles.
mas tenho um profundo interesse em voltar ao jornalismo real.
por isso, penso no que eu poderia fazer para melhor me informar.
ocorre que os sites, tal qual são feitos, desincentiva esse esforço de forma avassaladora.
pois a gente pega os conteúdos, muitas vezes relativamente dinâmicos, mudando a toda hora, e não tem - quase nunca - o MENOR MOTIVO para querer se informar mais. ainda mais se tivermos facebook, ferramenta que faz com que muitas vezes SAIBAMOS ANTES o que os jornais ou sites ainda não conseguem publicar. a gente muitas vezes sabe que alguém morreu não pelo anúncio oficial. mas pelas mensagens de pêsames do face e tal.
comento tudo isso indicando o quão superficiais estes novos meios nos tornam. superficiais por consumirmos tudo quase sempre de graça e, mais importante, de forma acrítica. claro, há exceções - e dentre elas podem ser considerados os posts com brincadeiras sobre assuntos candentes, muitas vezes de forma crítica, mas é o que elas são: exceções.
vemos o mundo como que de um camarote em que as coisas passam e nada fica.
estranho, né. afinal, temos TUDO à nossa disposição. quase sempre TUDO.

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