Política Externa

Gosto de política externa desde que fiz um curso sobre estratégia na USP, no antigo Naippe - do nada saudoso Brás Araújo.
De lá para cá nunca consegui me fazer entender nesse meu desejo de entender os assuntos entre as nações.
Pois bem, passando na Cultura, dia desses, encontrei as duas últimas edições da revista Política Externa, que comprei. E que estou lendo.
Mas fico passado com a vagueza dos artigos, com a incapacidade de falarem uma língua comum aos pobres mortais, com o fato de insistirem em dourar com palavras e expressões estranhas ou dúbias ou falsamente profundas questões que poderiam ser ditas de forma clara e concisa. Por exemplo, na última edição, no artigo do diretor geral da OMC, Roberto Azevedo, sobre as reuniões em Bali. Ele dança de forma tal que não consigo saber ao final quais foram realmente os resultados de tais reuniões. Descubro saber apenas que as discussões passaram por um triz de serem qualificadas de inúteis e de que muita coisa ainda há para ser feita - mas que há esperança.
Já no fim do exemplar, artigo de Celso Lafer em homenagem a Hélio Jaguaribe estende-se por palavras sem conta para expressar que o tal do Hélio teria sido um precursor de questões prementes e de que, em busca de independência efetiva, as nações hesitariam entre zelotismo e herodienismo para alcançarem seus objetivos de desenvolvimento. Muito para muito pouco. Continuarei lendo, mas insatisfeito comigo mesmo. Não valem a grana que custaram, os exemplares.
Mas ainda me interesso.

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